Arte nos Anos 70

Arte nos anos 70 : Aspectos Mais Importantes

Quais São os Aspectos Mais Importantes da Cena Artística dos Anos 70 ?

Mudada pelos seus movimentos, a cara da arte é um rico e colorido caleidoscópio de diferentes conceitos. Uma tal rebeldia, para sempre deixando a sua marca, foi o período de arte nos anos 70. Uma altura tão histórica, influenciada pelos os eventos sociais e desafios ao sistema dos últimos anos da década de 60, produziram algumas das ideias instigantes. Devendo o nascimento de novos conceitos ao movimento hippie e aos protestos dos estudantes da década anterior, a arte mudou para sempre. Não mais a creatividade aceitaria o domínio dos seus autores masculinos, e o desafio a uma longa tradição de pintores masculinos recebeu o mais forte golpe de sempre. Os desafios para o corpo, ambiente, a documentação de arte, e a noção das efêmeras, maiores figuras dos movimentos da arte dos anos 70 foram expostas e reflectidas.

À medida que a fusão entre a arte e a vida emergia com força, a compreensão original da paisagem artística abriu. Oferecendo uma vista renovada ao ambiente, a produção creativa mudou-se para lá das ruas da sua capital, Nova Iorque. Derrubando Paris de tal lugar nos anos 50, a creatividade ramificou-se em várias direcções. As influências da arte da California, América Latina, e até a produção do distante Japão foram reconhecidas.

O forte desejo pela mudança e a necessidade de se mudar da produção da tela tradicional ofereceram o corpo do autor como a sua nova superfície. Arte de actuação, um estilo distinto do teatro, floresceu. Uma ocorrência parecida passou-se com uma investigação dentro da noção da imagem mediada. Os anos 70 empurraram tal investigação mais longe, retirando a liderança dos creativos Arte Pop e Fotorealismo dos anos 60, o que deu início à Geração das Fotos.

As Grandes Questões que Deram Forma à Arte dos Anos 70

O período entre o final dos anos 60 e meados dos anos 70 é visto como o ponto de ruptura oferecendo uma nova definição para a produção creativa. Este período marca o nascimento do termo arte contemporânea, também referenciada como arte pós-modernismo. Num período de tal mudança, muito é devido ao movimento hippie e protestos de estudantes de 1968, que deram um empurrão aos conceitos mais instigantes.

A creatividade, sempre um espelho do mundo, não podia mais aceitar a ideia pré-disposta que colocava uma mulher apenas como um objecto dentro de uma peça. Até esta altura, apenas umas poucas artistas femininas eram reconhecidas. Tudo isto mudou graças a Judy Chicago e a famosa questão – Porque Não Houve Maiores Artistas Femininas ?- transformou-se no título de uma redacção escrita pela historiadora de arte Americana Linda Nochlin em 1971. Pedindo uma mudança na definição do assunto, oferecendo um conceito de conteúdo feminino, a arte feminista abalou o mesmo solo em qual a arte se apoiava. Um dos monumentos mais conhecidos, O Jantar de Judy Chicago,destaca-se.

Enquanto a arte feminista fazia questões nunca antes feitas no que toca a política, identidade, e estereótipos de género, a produção dos anos 70 desafiou ainda mais a importância de um autor. Oferecendo o seu corpo, a arte corporal e arte de actuação eram formadas. Qual é o espaço em que é permitido a arte habitar ? Qual é a melhor forma de chocar e incluir os espectadores na produção do trabalho, e quão importante é a documentação e até a visibilidade do trabalho, eram apenas algumas das questões que os creativos continuavam a perguntar.

Os Grandes Movimentos da Cena Artística dos Anos 70

As ideias dos movimentos mais influenciais dos anos 60, tais como conceitual, minimalismo, actuação, e arte de instalação, figuras como Judy Chicago, Barbara Kruger, e Robert Smithson estenderam-se ainda mais longe. Vito Acconci, Marina Abramovic, Ulay, e Ana Mendieta, enquanto forçavam o corpo ao seu limite, desconstruíram alguns dos valores mais importantes na creatividade. Com figuras tão fortes, os seguintes movimentos nasceram ou foram redefinidos.

Arte da Terra

A ligação com a natureza e a sua importância para o trabalho devários autores data-se desde o início do tempo. O maior desenvolvimento na pintura ocorreu quando pintores impressionistas pegaram nos seus cavaletes ao ar livre. Mas, com o nascimento da arte da terra, a natureza deixava de ser apenas um cenário mas sim mais uma superfície em que os creativos embutiram directamente as preocupações de criar arte formal. Em 1970, com a sua construção em pedra Spiral Jetty implantada num lago salgado em Utah, Robert Smithson mudou não só a face da arte mas também a sua relação com o cenáro normal de exibição e o mercado. A fixa localização exterior, materiais usados, e o facto de que a visibilidade do trabalho dependia do nível da água do lago, afastaram a noção do objecto artístico como um artefacto.

Juntamente com Robert Smithson, Walter De Maria, Christo and Jeanne-Claude, e Richard Long são também associados com este movimento. No Japão, o grupo solto Mono-Ha foi também influencial na reforma do entendimento para a escultura, os seus materiais, e a qualidade efémera do trabalho.

Arte Feminista

No meio da paixão pelas demonstrações anti-guerra, acções pelos direitos civis e  homossexuais, e o advento do movimento da Libertação das Mulheres à Costa Oeste, a arte feminista avançou com ousadia. Abordando as preocupações sociais, políticas, e culturais da feminilidade, artistas feministas procuraram criar um diálogo entre o visualizador e a obra de arte através da inclusão de uma perspectiva feminina. Lutando contra a tradição que negava firmemente a inclusão de artistas femininas nos círculos dominados por homens, autoras como Judy Chicago cimentaram o caminho para mais questões acerca de igualdade, identidade, política, e a necessidade urgente de se reescrever a história da arte. Através de trabalhos instigantes, tais como O Jantar de Chicago, mais tarde obras de slogan baseadas em texto, de Barbara Kruger, a fotografia de Cindy Sherman que questiona estereótipos ou o anúncio no Artforum que apresenta Lynda Benglis nua e a manipular um enorme dildo, as artistas feministas expandiram a definição de belas artes.

Recentemente, muitos críticos continuam a perguntar, se o movimento revolucional tal como este, no final não terá criado outro papel dominado pelo género, e criado mais um desserviço a artistas femininas?